13/11/2016

OCTA PUSH | Discurso Direto


2016 marca o regresso dos Octa Push às lides discográficas com “Língua”, o sucessor de “Oito”, um dos melhores álbuns nacionais em 2013, segundo a crítica especializada. "Língua" é um disco quase inteiramente em português, uma homenagem à música lusófona que tem sido feita nos últimos 40 anos. Hoje em "Discurso Direrto" recebemos os irmãos Leo e Bruno, a dupla dos Octa Push.

Portugal Rebelde - 10 temas onde a música electrónica portuguesa se cruza com linguagens sonoras como semba, morna, funaná, afrohouse e MPB. Podemos resumir desta forma o álbum “Língua”?

Octa Push - Acaba por ser um disco de fusão, onde experimentámos juntar várias linguagens. "Língua" acaba por ser também a ferramenta utilizada para reivindicar os nossos direitos, é um tema que está presente no disco em temas como o que dá nome ao disco e Bárbara.

PR - Este disco conta com alguns ilustres convidados como Tó Trips (Dead Combo), Batida, Cachupa Psicadélica, Cátia Sá (ex-Guta Naki), Maria João Grancha, João Gomes (Orelha Negra), entre outros. O conceito de partilha passa por estas experiências?

Octa Push - Foram 16 convidados que acabaram por dar muito ao disco. Cada um deles foi importante à sua maneira e encaixou perfeitamente naquilo que queríamos fazer.

PR - O Zeca é lembrado neste disco. A música do Zeca será uma referência incontornável para os Octa Push?

Octa Push - É sem dúvida um dos músicos lusófonos mais importantes de sempre. Nunca teve medo de arriscar e experimentar. Em termos líricos muito completo também, sem falar no papel que teve na sociedade.

PR - Numa frase como caracterizariam este “Língua”?

Octa Push - Um disco de fusão com mensagem, onde experimentámos juntar várias linguagens e convidados improváveis.

PR - Já tiveram a oportunidade de apresentar as canções deste disco em concerto. Qual tem sido o “feedback” do público?

Octa Push - O feedback tem sido bastante bom, o público tem estado muito aberto aos sons mais quentes. Até agora parece-nos um disco que funciona melhor ao vivo do que o anterior.

PR - Para terminar, este disco é também uma homenagem à música lusófona que tem sido feita nos últimos 40 anos?

Octa Push - Tivemos a preocupação de ter convidados que representassem diversas gerações do mundo musical lusófono. Começando no Zeca Afonso, passando pela Maria João e Braima Galissá, até Cool Hipnoise e mais tarde Dead Combo até Batida, Guta Naki e outros, culminando em nomes que representam a nova geração do Afrohouse e outras linguagens como AD2 ou Bruno do Show.


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