20/03/2017

LUÍS SEVERO | Discurso Direto


Depois do aclamado "Cara d’Anjo", Luís Severo regressa com um novo longa duração”. O disco foi gravado e produzido em Alvalade com a ajuda do Diogo Rodrigues e do Manuel Palha e masterizado pelo Eduardo Vinhas no Golden Pony. Luís Severo é hoje a nossa (boa) companhia em "Discurso Diireto".

Portugal Rebelde - Solidão e Liberdade. Foram estas as palavras que marcaram o processo de gravação deste novo disco?

Luís Severo - Sim! Este disco marca a minha mudança para Alvalade, estúdio mais afastado do centro e com menos gente a sair e a entrar. Consegui passar muito tempo sozinho no piano, a compor e também a gravar. Como sempre, fui influenciado por tudo o que estava à minha volta. Mas desta vez, em vez de ter imensos amigos à volta a influenciar, tive mais o silêncio de uma rua que à noite não tem carros a passar. Talvez por isso seja mais melancólico, ou não, não faço ideia.

PR - No press release deste disco, confessas que deixaste o teu velho hábito de escrever a letra antes da música. Este é o processo que marca a diferença no teu regresso aos discos?

Luís Severo - Também. Acho que este disco está mais próximo da maneira como falo e até da maneira como penso. A isso se deve ter deixado o velho hábito de partir para a canção com muitas frases de bloco de notas com demasiadas intenções poéticas. A palavra aqui surge com maior urgência de comunicar, talvez por isso seja também mais confusa e desorganizada. Ter feito este disco assim também não quer dizer que não volte a fazer de outra forma, mas desta vez apeteceu-me fazer assim.

PR - De que é que nos falam as canções deste disco?

Luís Severo - “São oito canções sobre amor, solidão, o peso da cidade e a sua falta de espaços”. Escrevi isto quando pus o disco online, é uma resposta repetida mas é a que me parece mais acertada.



PR - Numa frase como caracterizarias este disco?

Luís Severo - Ainda não consigo falar do disco de maneira sucinta, sem divagar e eu próprio me perder no raciocínio. Ainda é tudo muito recente, preciso de digerir! Talvez daqui a uns meses consiga responder a esta pergunta.

PR - Qual é o tema que melhor caracteriza o “espírito” deste álbum?

Luís Severo - Há vários temas, mas talvez o ambiente urbano seja o que os liga a todos.

PR - As canções deste disco são apresentadas no próximo dia 29 de Março, no Teatro Ibérico (Lisboa). O que é que o público pode esperar deste concerto de apresentação?

Luís Severo - Um concerto muito intimista ao piano e voz. É talvez o meu concerto mais ambicioso de sempre, por ser só voz e piano, num auditório bastante solene. Fiz arranjos de piano que condensam um bocado os arranjos do disco, com as linhas mais importantes a virem para cima, e com ainda menos gorduras.


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