15/03/2017

UNIÃO DAS TRIBOS | Discurso Direto


Chegou recentemente às lojas o segundo disco da União das Tribos. “Amanhã” inclui 9 temas originais e duas versões, uma das quais da “Canção do Engate”, com interpretação de Miguel Ângelo. Esta e as outras canções, que ao vivo, revelam toda a garra, resistência e puro rock que as alimentam, contam igualmente, com a participação de um leque de convidados, neste novo disco. Tim, António Manuel Ribeiro, Carlão, Anjos e Mafalda Arnauth são os nomes que dão voz aos temas de autoria de António Côrte-Real e David Arroz. Hoje em "Discurso Direto", é meu convidado António Côrte-Real.
Portugal Rebelde - "Amanhã" marca um novo capítulo na vida da União das Tribos?

António Côrte-Real - Marca um novo e grande capitulo. Conseguimos, com muito trabalho e dedicação, tornar um sonho realidade.

PR - Este disco conta com as participações especiais de Tim, António Manuel Ribeiro, Miguel Angelo, Carlão, Anjos e Mafalda Arnauth. Queres falar-nos um pouco destes “encontros”?

ACR - Todos estes encontros ajudaram-nos a alcançar o nosso sonho. Gravar um disco com parcerias com vozes de pessoas que admiramos estava nos nossos planos desde o primeiro álbum. Agora, com a estrutura criada à volta do grupo e também com o pulo que demos quer na escrita de canções quer a nível da produção musical achámos que era a altura. Mas nada acontece por acaso e nesta situação também foi assim. Começámos a gravar o disco sem vocalista e foi isso que nos lançou para os convites. Quando toda a gente começou a ouvir as demos e a dizer que alinhava, nós ficámos felizes. E tudo isto começou com o desafio feito pelo Rui Santos da Super Fm para gravarmos a versão de “Rockin in the Free World” que andávamos a tocar ao vivo e de que ele gostava. Como estávamos sem vocalista na altura, convidámos o João Beato (Pearl Band) que canta na banda de tributo aos Pearl Jam e avançámos com ele para estúdio.

PR - “Amanhã” é composto por 9 temas originais e 2 versões. Miguel Angelo interpreta a “Canção do Engate”. Trinta anos depois da morte de António Variações, a sua música continua a ser uma referência para a União das Tribos?

ACR - Claro. António Variações era grande e nós temos idade suficiente para sabermos que foi um incompreendido e que estava muito à frente no tempo. A escrita, a mensagem e a melodia das suas canções são únicas. Tornou-se gigante depois de desaparecer. Devia de ter tido reconhecimento em vida. Infelizmente, em Portugal, existe uma tendência de se dar valor às pessoas depois da morte.

PR - Numa frase como caracterizarias este novo disco?

ACR - Os discos são como os filhos, adoramo-los a cima de tudo. Mas este é aquele filho especial.

PR - Para terminar, o que é que o público pode esperar de um concerto da União das Tribos?

ACR - O melhor é irem ver-nos ao vivo. Somos seis em palco, quando não temos convidados, quando temos podemos ser sete, oito ou nove. Independentemente do número, a dedicação é total. Todos adoramos o que fazemos e o que queremos fazer agora é mostrar este disco. Dia 28 de Março em Setúbal, no Fórum Municipal Luísa Todi, vamos ser nove em palco. Nesse espectáculo contamos com a presença da Mafalda Arnauth, António Manuel Ribeiro e Miguel Ângelo.


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