Chega amanhã às plataformas digitais um "experiência de laboratório" levada a cabo por Benjamim e o músico britânico Barnaby Keen. O resultado dessa experiência é um disco, a que chamaram “1986”, o ano em que ambos nasceram. "1986" é constituído por oito canções
escritas e interpretadas pelos dois músicos. É um exercício de partilha: Benjamim
faz coros em inglês das canções de Barnaby e este empresta o seu sotaque
brasileiro quebrado para fazer vozes em português nas canções de Benjamim. Os
dois tocam quase tudo nos temas um do outro, escolhendo o melhor das
capacidades de cada um, seja no saxofone, no piano ou na bateria. Hoje em "Discurso Direto" é meu convidado Benjamim.
Portugal Rebelde - É verdade que foi um disco de Chico Buarque o “responsável” da tua amizade com Barnaby Keen?
Benjamim - Sim, o responsável inicial. Eu estava a fazer o som para a banda dele em Londres e antes do concerto passei a “Construção”. Ele veio logo falar comigo e dizer-lhe como adorava o Chico. E logo a seguir descobri que também falava português.
PR - “1986” é um disco composto e escrito a dois. Ainda que sejam da mesma geração, este é um álbum que sintetiza a estética e as influências de ambos?
Benjamim - Sim, claro. Temos os gostos comuns… Beatles, Dylan, os suspeitos do costume. Mas temos maneiras bastante diferentes de fazer canções e aproximar esses dois mundos foi uma boa viagem.
PR - Numa frase apenas como caracterizarias este disco?
Benjamim - É uma experiência de laboratório.
PR - Para além da edição digital agendada para o dia 24 de Maio, “1986” também vai estar disponível também em vinil. Esta é também uma forma de “regressar” a 1986?
Benjamim - Não, acho que é uma boa forma de estar em 2017!
PR - Qual é o tema que melhor define o “espírito” deste “1986”?
Benjamim - Qualquer um!
PR - As canções deste disco vão ser apresentadas dia 28 de Julho no Festival Músicas do Mundo, em Sines. O que é que o público pode esperar deste concerto?
Benjamim - Eu próprio gostava de saber isso!
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