Algures no Verão, em Portugal, numa aldeia – uma festa e uma banda com a sua típica sonoridade melódica e rítmica, baile com mandador e tudo...O Mundo nunca mais foi o mesmo. - É o que vos queremos transmitir com as "Aventuras da Alma", para que possam ver o que nós vemos. É desta forma que Rão Kyao nos apresenta o seu mais recente disco. Hoje em "Discurso Direto" partimos à "aventura" com a magia da música de Rão Kyao.
Portugal Rebelde - “Os gnomos e duendes “penetram” numa festa de uma aldeia portuguesa. Foi este o mote para estas “Aventuras da Alma”?
Kão Kyao - O Mote é esse! A partir do momento da entrada dos Gnomos e Duendes abriu-se,para nós,um mundo que os nossos olhos não tinham,por si só,o poder de ver.Ver,ouvir e sentir!os nossos amigos resolveram o problema.Tudo está claro agora!
PR - O bambu, quando trabalhado para se transformar em flauta, ganha uma nova alma. Este é também um disco que celebra as almas do bambu?
Rão Kyao - Precisamente. Quando uma cana é furada para dar origem a uma Flauta,fica a ter a possibilidade de produzir Música e não há Música sem Alma.A Música é a voz de Deus e só pode ser emitida pela Alma.
PR - Numa frase como caracterizaria este disco?
Rão Kyao - A Magia da Música.
PR - O disco termina com o tema “Espírito de Aljezur”, uma melodia tradicional algarvia. Este é um tema cheio de “alma”?
Rão Kyao - Este tema sempre me fascinou,desde a primeira vez que o ouvi no disco das recolhas do Giacometti. É eco do nosso verdadeiro sentir,do nosso lamentado nosso Fado,do nosso poder de nos redimirmos através da Música. Sim, tem Alma.
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