30/04/2018

VÍTOR BACALHAU | Discurso Direto


Depois de dois anos em digressão com o seu álbum de estreia “Brand New Dawn”, Vítor Bacalhau está pronto para lançar “Cosmic Attraction”, o seu segundo disco. Foi gravado sem overdubs, sem metrónomo e sem munição nos estúdios da Mobydick Records em Braga. A gravação, produção e mistura esteve entregue a Budda Guedes. Hoje em "Discurso Direto" é meu convidado Vítor Bacalhau.

Portugal Rebelde - Este novo disco é de alguma forma o reflexo dos inúmeros concertos tocados pela banda nos últimos anos, e também de novas experiências e vivências enquanto músico?

Vítor Bacalhau - Sim, é inevitável que a química de banda vá amadurecendo ao longo do tempo, e também que as minhas experiências e vivências se reflictam na música e nas letras. No fundo é um processo muito natural de evolução, não necessariamente pensado ao pormenor. Estou muito contente com o resultado do disco!

PR - Em que te inspiras para escrever as canções?

Vítor Bacalhau - Musicalmente, vou beber muito ao blues, dando-lhe uma roupagem rock vincada. O blues é a génese de tudo o que faço, mas o rock está também sempre presente, por ser o estilo que me levou a pegar numa guitarra pela primeira vez. Liricamente, muitas vezes conto histórias que se vão passando comigo ou que vou ouvindo, enquanto que outras vezes me inspiro em mensagens, como é o caso das músicas “Let Your Soul Go Free”, “Walk Through Fire” ou “Only The Strong Live Long”, que falam basicamente sobre prosperar à face das adversidades da vida.

PR - “Dirty Little Girl” foi o single de apresentação deste novo disco. Este é o tema que melhor define o “espirito” deste “Cosmic Attraction”?

Vítor Bacalhau - De certa forma essa canção define bem o espírito do disco por misturar uma série de influências musicais. Pareceu-me também ser a canção do disco mais “orelhuda”, e daí ter sido escolhida como single.



PR - Já tiveste oportunidade de apresentar as canções deste disco em concerto. Qual tem sido o “feedback” que tens recebido do público?

Vítor Bacalhau - O feedback tem sido muito bom. Tal como há uma mistura de estilos no disco, os concertos também acabam por ser para públicos bem diferentes, desde clubes de rock, a auditórios, a festivais de blues, entre outras situações e públicos, e no geral a “feedback” é sempre muito positivo!

PR - Numa frase como caracterizarias este “Cosmic Attraction”?

Vítor Bacalhau - É um disco que mistura o rock e o blues, sem ter em conta qualquer tipo de purismo, o que faz com que soe atual e relevante.

PR - Pela primeira vez na história, Portugal sobe ao pódio do European Blues Challenge com um incrível 3º lugar conseguido por ti, na Noruega. O que é que significa este prémio para o Blues Nacional?

Vítor Bacalhau - Foi uma honra representar Portugal no EBC deste ano, e o facto de ter conseguido o terceiro lugar só pode significar que o blues em Portugal está bom e recomenda-se! Na verdade nunca houve tantos festivais de blues e nunca se falou tanto no estilo em Portugal como nos últimos anos. Apesar de continuar a ser um estilo de nicho, o blues está de muito boa saúde no nosso país!

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