06/07/2018

IMPLODING STARS | Discurso Direto


"Riverine" é o nome do novo álbum da banda de post-rock Imploding Stars. O segundo álbum de estúdio aborda o princípio da compreensão dos diferentes estágios de desenvolvimento da vida humana, desde o momento que nascemos até o momento que morremos. Durante a nossa vida, experimentamos diferentes sensações que levam à criação de memórias. No entanto, estamos normalmente limitados aos limites da perceção humana e às decisões sobre o que é bom ou mau nas bifurcações que vamos encontrando. Mas afinal o que é bom ou mau? E se não houver limites nessa perceção humana? E se pudéssemos, de alguma forma, viver para sempre ou reviver. A ideia foi transpor em melodias e ritmos as experiências, sentimentos, movimentos e ações que estão relacionados com esses estágios de vida.

Portugal Rebelde - Correndo de montante para a jusante, desde a nascente até gigantesco oceano, “Riverine” é o modo como os Imploding Stars sentem que a vida deveria soar?

Imploding Stars - Sim é esta a nossa interpretação melódica/rítmica da vida enquanto ciclo marcado por diferentes fases.

PR - Podemos dizer que os 8 temas deste disco abordam a história de vida de cada ouvinte?

Imploding Stars - Há espaço para que cada ouvinte pense para dentro no que toca às sensações que procuramos transmitir em cada uma das fases. Se tentarem ouvir o disco como um todo e relacionar as experiências pessoais com as fases que retratamos talvez consigam uma experiência interessante no que toca a essa viagem interior ao passado, ao presente e ao que virá depois.

PR - Qual é o tema que melhor caracteriza o “espírito” deste disco?

Imploding Stars - Talvez a "Rebirth" porque une o ciclo. É importante que as pessoas olhem para o ciclo da vida como uma experiência dinâmica, sem fim, um loop infinito em que aparecemos, desaparecemos e voltamos a aparecer em qualquer coisa, material, carnal, espiritual. É importante quebrar esses limites da perceção humana e da necessidade de colocar um fim nas coisas. Há espaço para irmos mais além sobre nós próprios.

PR - No próximo dia 21 de Julho apresentam as canções deste disco no Fstival Rodellus em Braga. O que é que o público pode esperar deste concerto?

Imploding Stars - Estamos a planear esse concerto com cuidado. Queremos passar a mensagem deste disco mas provavelmente vamos também regressar ao A mountain and a tree em alguns momentos. Queremos dar uma experiência bonita às pessoas, mostrando que o trabalho embora seja mais íntimo também possa ser interessante quando ouvido em festival, particularmente neste onde o envolvimento com a natureza do local e o espírito das pessoas é tão especial.

PR - Numa frase como caracterizariam este "Riverine"?

Imploding Stars - Riverine é um disco que nos deita na cama de olhos fechados e nos coloca a pensar sobre de onde vimos, o que somos e para onde vamos.

PR - Para terminar, estão felizes com o resultado final deste disco?

Imploding Stars -  Estamos muito felizes com o que fizemos. Demoramos mais tempo do que estávamos à espera também porque queríamos ter a certeza que o resultado final nos satisfazia a nível pessoal e coletivo. Era este o disco que queríamos mostrar às pessoas de acordo com o nosso entendimento e reflexão sobre o que ´o ciclo da vida. Esperamos que as pessoas gostem também e que o sintam mais do que tudo.


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