21/09/2018

HUGGS | Discurso Direto


Com edição Cão da Garagem é editado hoje o EP "Did I Cut These Too Short?" dos Huugs, um disco gravado no verão de 2017 por Gonçalo Formiga (Cave Story) no seu estúdio nas Caldas da Rainha. Os Huggs são uma das mais promissoras bandas portuguesas de garage rock e indie da atualidade. "Did I Cut These Too Short?" é apresentado hoje no Maus Hábitos (Porto). 

Portugal Rebelde - Antes de mais, onde e quando é que os Huggs começaram a dar os primeiros “passos” nesta viagem sonora?

Huggs - Eu (Jantonio) e o Duarte conhecemo-nos na faculdade, quando nos juntámos para fazer um projeto de uma das cadeiras que tínhamos. Na altura o Duarte mandou-me umas demos e começámos a tocar em minha casa, por diversão e para não trabalhar no tal projecto (ao qual acabámos por, inevitavelmente, chumbar). Isto foi em 2015. Os Huggs foram a evolução dessa brincadeira, quando em 2017 decidimos que queríamos levar as coisas mais a sério e gravar o que tínhamos feito. Só em 2018, depois de gravar o EP, é que concluímos que se íamos ter uma banda precisávamos de ter um nome e todas essas coisas de banda. Ficou Huggs.

PR - A energia crua e indisciplinada do panorama underground britânico e as baladas românticas típicas dos anos 50 e 60 são a grande fonte de inspiração dos Huggs?

Huggs - Acho que a maior fonte de inspiração são as “catástrofes” que vão acontecendo na nossa vida, temperadas com uma pitada de esperança, alegria e romantismo - como quando já bateste tão no fundo que já não podes descer mais, e acabas por sentir um certo alivio por já não teres mais nada a perder - és finalmente livre. Um alívio péssimo por um lado, mas extasiante por outro. O filme Trainspotting é um favorito da banda e ilustra na perfeição esse cenário. Em termos musicais, um de nós é o 8 e o outro o 80.

PR - Numa frase como caracterizam este primeiro trabalho de estúdio?

Huggs -Ainda bem que ninguém levou o disco externo, aí tinha de voltar a misturar as coisas todas outra vez [e vocês são tão chatos] que tinha sido pior que me roubarem o resto da casa toda!” (Gonçalo Formiga, Cave Story)

PR - Qual é o tema que melhor caracteriza o “espírito” deste EP?

Huggs - Um diz que é a "Take My Hand", outro diz que é a "Losing". Adivinhem quem diz o quê.



PR - O EP “Did I Cut These Too Short?” é apresentado hoje,  dia 21 de Setembro no Maus Hábitos (Porto) e 25 de Outubro no Lounge, em Lisboa. O que é que o público pode esperar destes concertos?

Huggs - As músicas na sua forma mais crua e íntima; como foram criadas e sem a maquilhagem de teclados, percussões e todas as outras coisas com que experimentámos no estúdio. Talvez mostremos também um pouco do que poderá suceder a este EP!

PR - Para terminar, estão contentes com o resultado final deste EP?

Huggs - Muito. Graças a toda a gente que encontrámos e que nos aturaram e suportaram os nossos contrastes. Estamos contentes com a maneira como soa mas principalmente com as portas que nos tem aberto e com o que temos aprendido com ele. Estamos a fazer mais coisas do que imaginávamos e tudo o que vier a seguir é um bónus.


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