O Carmo’81 é a sede da cooperativa Cultural Acrítica - CRL, espaço requalificado e criado com o intuito de desenvolver e dinamizar o ecossistema cultural de Viseu. A programação regular desde Agosto de 2015, em pleno centro histórico da cidade, tem-nos aproximado da crescente indústria da música moderna. De 3 de Maio a 1 de Junho, Viseu acolhe o Karma, um evento multidisciplinar mas focado na música. Hoje em "Discurso Direto" é meu convidado Nuno Leocádio um dos elementos da organização.
Portugal Rebelde - 14 concertos, 1 oficina, 1 debate, 1 fanzine, 1 exposição de fotografia e uma residência artistic. É esta variedade de programação que o Karma nos reserva entre 3 de Maio a 1 de Junho?
Nuno Leocádio - Sendo o Karma um festival multidisciplinar procuramos garantir essa variedade através de múltiplas expressões artísticas, nesta edição 0 do Karma as intervenções apresentadas são as artes plásticas cinema, fotografia e música, claro. Sendo o foco de todo o evento a música. É assim que nos identificamos enquanto Carmo'81, é assim que pretendemos que aconteça o Karma, inclusivo, participativo, que vá ao encontro de múltiplas formas de fruir cultura.
PR - A programação foi concebida a pensar no público crescente, que o Carmo´81 prova regularmente existir em Viseu. Quais são os grandes destaques deste Karma?
Nuno Leocádio - Todos os artistas e atividades são o destaque deste festival, todos dos mais emergentes aos mais consagrados têm qualidade e competência para serem ou virem a ser “ Cabeça de Cartaz" de vários eventos. Dos históricos Pop Dell'arte aos emergentes José Pedro Pinto, todos. Orgulhamo-nos muito com o cartaz proposto e de forma direta para responder à questão os destaques são: os Pop Dell'Arte, o Dj Osmose, o José Pedro Pinto, os Montanhas Azuis, os The Dirty Coal Train, o Dj César Zembla, Dada Garbeck, Gala Drop, Jiboia, Keep Razors Sharp, Sr. Jorge, Ohxalá e Sensible Soccers.
PR - É verdade que há intenção de que em futuras edições o Karma assuma características de festival?
Nuno Leocádio - Sim, o Carmo'81 está a trabalhar para criar as condições necessárias para fazer crescer o Karma, já estamos a trabalhar na programação da próxima edição, já temos o local escolhido, equipa técnica definida e, enquanto o público e os patrocinadores nos permitirem sonhar, assim o faremos. A intenção é precisamente fazer crescer o Karma .
PR - A programação do Carmo´ 81 foi concebida também a pensar nos artistas locais. Há muitas bandas de Viseu a querer mostrar o seu trabalho?
Nuno Leocádio - Felizmente cada vez mais, é responsabilidade dos promotores culturais, sempre foi, estarem atentos a artistas emergentes como o José Pedro Pinto ou o Sr. Jorge. O facto de estarmos atentos à produção do meio em que estamos inseridos é uma consequência óbvia da nossa vivência, é de facto um prazer contar com amigos e artistas de tamanha competência e nunca um acto de solidariedade.
PR - Para terminar, a música, será sempre o vosso (e o nosso) Karma?
Nuno Leocádio - É na música que nos sentimos bem, é a valência cultural que mais e melhor sabemos trabalhar. É a música que nos tem conduzido para tão bom Karma e enquanto houver Carmo'81 será a música o nosso Karma.
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