Carluz Belo prepara-se para editar em 2020 o seu disco de estreia. Antecipando a edição deste trabalho lançou recentemente o single "Follhas Secas". Hoje em Discurso Direto" é meu convidado Carluz Belo.
Portugal Rebelde - Chama-se “Folhas Secas”, e é o primeiro avanço para o seu disco de estreia. De que é que nos fala este tema?
Carluz Belo - Na verdade, “Folhas Secas” é o meu primeiro lançamento de 2020 e é o terceiro single referente ao álbum que está a ser preparado. Os dois singles anteriores saíram em 2017 e chamam-se “O Mundo Que Nos Foge” (com palavras do poeta Al Berto) e “Ao Virar de cada Esquina”. Aqui em “Folhas Secas” é como se eu fizesse um passeio à beira mar, enquanto reflito sobre a passagem do tempo e as paixões da vida. O tema faz um brinde à própria vida e às emoções fortes que ela nos proporciona, seja qual for a estação do ano.
PR - Há alguma data definida para a edição deste primeiro disco?
Carluz Belo - Tudo aponta para este ano de 2020, muito provavelmente após o Verão. Fiquem atentos.
PR - Pop sonhadora, cantada em português e com traços de eletrónica. É este o mote para o conjunto de canções que vamos poder ouvir em breve?
Carluz Belo - Isso mesmo. O disco começou a ser produzido no final de 2016, no estúdio do Pedro Saraiva, no Porto, e acaba por abranger sonoridades muito influenciadas pelas minhas principais referências artísticas: Sufjan Stevens, Kate Bush, António Variações, Lena d’Água, entre muitos outros. Será essencialmente um disco de Luz & Afeto.
PR - A Praia de Ofir continua a ser o lugar de todas as emoções, para um minhoto de alma e coração?
Carluz Belo - Sem dúvida. De uma forma geral, a praia e a floresta são dos meus sítios favoritos para compor. Esse contacto com a natureza acaba sempre por me reconectar comigo próprio, mesmo nos momentos mais difíceis. Atualmente vivo no Porto, mas há sempre um sabor muito especial quando regresso à minha terra Natal, e no fundo, muitos de nós temos esta coisa de sermos “rurais e urbanos” ao mesmo tempo – dois mundos que se complementam e nos enriquecem.
PR - O coronavírus mudou a nossa forma de viver. Como é que um músico que se prepara para lançar um disco, enfrenta toda esta nova realidade?
Carluz Belo - Reagendado as coisas e pondo tudo em perspetiva. Na verdade penso que ainda não tivemos tempo suficiente para perceber a dimensão dessa mudança e as implicações que ela terá no futuro. Ainda assim, tal como a maioria das pessoas, também eu estou em adaptação a esta nova realidade. Em termos práticos, tento manter-me ativo fisicamente, em contacto digital com familiares e amigos e sempre focado na música. Planeio lançar este álbum após o Verão, numa fase em que esperamos poder regressar a alguma normalidade e tranquilidade.
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