Arranca hoje e prolonga-se até ao próximo dia 4 de Outubro o Peles – International Drum Fest, um dos festivais temáticos mais emblemáticos do país e considerado ao nível europeu um dos mais promissores do género. Foca-se em projetos que se distinguem essencialmente pelo cruzamento de linguagens musicais percutivas. Nesta quinta edição foram convidados projetos nacionais de relevo, da área da percussão, sempre com o intuito de incluir novos projetos com expressões artísticas diferentes que garantam uma maior diversidade e dinâmica, contando assim com bandas experientes e de qualidade reconhecida. Alberto Fernandes do Peles – International Drum Fest, é hoje meu convidado em "Discurso Direto".
Portugal Rebelde - Como é que foi desenhada a 5ª edição do Peles – International Drum Fest?
Alberto Fernandes - A 5ª edição do Peles começou a ser desenhada mal terminou a última edição. É um trabalho constante de pesquisa e conhecimento do que de melhor se faz em Portugal e na Europa ao nível da música percutiva. Tem uma componente muito forte ao nível ambiental, cultural e social, com o objetivo de unir comunidades e territórios (por esse motivo abrange dois municípios). Foi pensado de igual modo para ser um festival inclusivo, aberto às pessoas com necessidades especiais de qualquer tipo. Exemplo disso é o habitua encontro de orquestras de percussão inclusivas. Devido à pandemia, todo o festival teve de ser repensado e adaptado. Projetou-se um formato misto (presencial e live streaming), no entanto, considerando a evolução da pandemia e o estado de contingência, este ano temos pela primeira vez um festival 100% online, com transmissão de todos os concertos em formato live streaming.
PR - Considerando a evolução da pandemia por COVID-19, a direção artística do Peles e a direção da CAISA, optaram pela realização desta edição totalmente em streaming. Quer explicitar um pouco mais como é que tudo isto se irá desenrolar?
Alberto Fernandes - O festival decorrerá 100% online. Isto significa que a programação será mantida, com a realização de 4 dias de festival. Os concerto decorrerão à porta fechada, com a presença apenas dos artistas e pessoal técnico. No entanto, estes serão disponibilizados em live streaming, através das redes sociais, com uma qualidade vídeo e áudio fantástica. Temos todas as condições técnicas para que em qualquer parte do mundo, o público possa assistir em qualquer dispositivo móvel com acesso à internet de concertos de elevada qualidade, o que faz com que a experiência sensorial de quem assiste seja muito mais rica.
PR - Nesta quinta edição foram convidados projetos nacionais de relevo, da área da percussão. O que é que vamos poder ver e ouvir de 1 a 4 de Outubro?
Alberto Fernandes - Nesta edição podemos contar com concertos fabulosos. Iniciamos no dia 1, com uma presença já habitual no Peles, os Atlantic Percussion Group. Os Atlantic são um grupo de elevada qualidade, com um currículo interessantíssimo e que nos brindará com uma atuação digna dos melhores palcos. No segundo dia de festival, teremos “A Ronda dos Mafarricos”, que é uma iniciativa inédita. Conta com a participação de 16 dos melhores percussionistas nacionais, num espetáculo contínuo desde as 14.00h até às 22.00h. Dia 3, contamos com os Repercussion Trio. É um grupo de 3 jovens músicos com enorme versatilidade a nível artístico e performativo, abordando diversos tipos de repertório, desde o mais emblemático e tradicional ao cénico. Para terminar o festival, contamos no dia 4 com os Pulsat Pulsat Percussion Group, grupo fundado em março de 2012, que procura promover a música contemporânea para percussão, com recurso a novas abordagens da experimentação. Serão 4 dias em grande!
PR - Para terminar, o concerto da Ronda dos Mafarricos terá a duração de 8 horas. O que é vai acontecer durante este mega concerto?
Alberto Fernandes - Este concerto, é efetivamente mega e necessita de uma grande logística. O Peles, este ano mais do que nunca, devido às circunstâncias especiais em que nos encontramos, tenta promover o trabalho dos melhores músicos portugueses. Por isso, a Ronda dos Mafarricos foi pensada para que por lá passem os melhores percussionistas nacionais. É um evento único, com oito horas de duração e transmissão contínua, em live streaming. Passarão pelo concerto 16 músicos, com cerca de 30 minutos de espetáculo cada um. Estes músicos serão acompanhados por toda uma equipa técnica e de produção, para assegurar que o público assista a um mega concerto.
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