"O Outro Lado" é o primeiro trabalho em nome próprio do músico, compositor e produtor Alberto Fernandes. Com este trabalho o autor apresenta um conjunto de temas criados nos tempos livres de uma quarentena “forçada” de um ano e é o regresso ao palco após 10 anos. Alberto Fernandes tem feito a sua carreira ao longo dos últimos 25 anos, na produção e criação musical para teatro, contando já com mais de 30 produções. A apresentação pública deste trabalho acontece no próximo dia 8 de Agosto, em Vila Nova de Famalicão. Alberto Fernandes é hoje meu convidado em "Discurso Direto"
Portugal Rebelde - Este concerto é o outro lado do diretor artístico de festivais, como o Peles - Internacional Drum Fest, as Clav Live Session e o Eco Fest Curviã Music?
Alberto Fernandes - Este concerto é “o outro lado” de um músico que deixou os palcos há dez anos, mas também é um lado que o público não conhece. A minha carreira na música ronda aproximadamente 25 anos, a grande parte deles como compositor para teatro. Tenho no meu curriculum 35 produções em teatro e trabalhei com grandes companhias, como, por exemplo a Barraca, CTB, Jangada Teatro, Teatro Oficina, entre outras, faço a direção artística de festivais e projetos de criação. E este é o lado que o público terá a oportunidade de conhecer já no dia oito de agosto, o lado de intérprete.
PR - Que canções são estas, que podemos encontrar neste primeiro trabalho?
Alberto Fernandes - São um conjunto de nove temas que serão apresentadas em primeira mão neste concerto e que serão gravadas ao vivo para edição em disco, ou seja, mais que um concerto é também a gravação do mesmo para memória futura. São nove temas que falam um pouco da minha vida nos últimos anos. Isto porque há dez anos a minha vida sofreu uma volta de 180º, regressei à aldeia e reaprendi a valorizar as pequenas coisas e essas pequenas coisas estão refletidas nestes nove temas.
• Este concerto marca também o regresso ao palco após 10 anos.
PR - O que é que o público pode esperar neste regresso aos palcos no dia 8 de Agosto, em Vila Nova de Famalicão?
Alberto Fernandes - É o regresso do artista ao palco e será em formato de trio. Terei comigo dois amigos, na guitarra o Tiago Lemos e na percussão o José Afonso Sousa.
Mesmo sendo num palco grande será um concerto muito intimista, em que irei mostrar um outro lado de mim, mais moderado, mais maduro, mais sensível, em que pela primeira vez as pessoas que me conhecem vão ouvir as minhas músicas pela minha voz e não pela voz de outro artista. Posso dizer que será o meu outro eu.
PR - As CLAV Live Session estão de regresso para a segunda temporada de 2021 que irá decorrer entre Julho e Dezembro. Este é um projeto que continua a apostar na descentralização e correção de algumas assimetrias, sejam elas culturais, sociais ou económicas?
Alberto Fernandes - Sim, é um projeto de descentralização cultural em que o objeto se traduz em dar a conhecer artistas emergentes, dando a oportunidade à nossa comunidade de uma acessibilidade cultural que de outra forma não teria. Contudo é uma forma muito eficaz de dar a conhecer a nossa pequena União de Freguesias de Airão e Vermil ao mundo, através da transmissão live das CLAVs, tanto nas nossas redes sociais, como dos nossos parceiros, mas também, a sua transmissão em formato televisivo. Vamos lançar em meados de agosto a programação para os próximos meses e as novidades serão muitas e boas. Enquanto diretor artístico do CLAV-Centro e Laboratório Artístico de Vermil resta-me dizer que as CLAV LIVE SESSIONS são já uma referência ao nível nacional, na programação e promoção da música em Portugal. Já ficaram na história da música como sendo o único projeto, em Portugal que não parou em tempo de pandemia, sendo ainda considerado o pioneiro na programação de concertos em formato misto, com público e transmissão on-line, tendo sido já objeto de vários estudos académicos. E como artista que sou, tenho muito orgulho no trabalho feito, como diretor artístico, agradeço a toda a equipa que trabalha diariamente para que isto tudo possa acontecer e deixo um agradecimento muito especial aos artistas que passaram por cá.
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