“Conversas de Esquina" é o nome do novo álbum de Ricardo Gordo e também um dos temas nele incluídos, que espelha o diálogo entre o músico, compositor e a guitarra portuguesa, e que define a sua sonoridade alternativa. Ao longo destas conversas é possível ouvir relatos de Ricardo Gordo numa procura pelo significado da sua música. Ricardo Gordo é hoje meu convidado em "Discurso Direto".
Portugal Rebelde - Podemos dizer que, “Conversas de Esquina” é um disco que mescla a guitarra portuguesa e a música eletrónica?
Ricardo Gordo - "Conversas de Esquina" nasce a partir do desejo de criar um álbum de guitarra portuguesa moderno, de sonoridade atual. Onde eu, enquanto compositor, procuro encontrar respostas através destas conversas com o instrumento, aqui personificado.
PR - A guitarra portuguesa continua a ser um instrumento com pouca “vida” para além do fado?
Ricardo Gordo - Não necessariamente. Eu vejo o assunto por outro prisma: o fado está cada vez
menos tradicional e a guitarra portuguesa continua a ser usada. Portanto, é
frequente ouvi-la em alguma pop, música eletrónica, hip hop e até rock. Culpo
o Stereossauro por ter aberto aqui esta porta para a música portuguesa com o
marco que foi o álbum "Bairro da Ponte", no qual tive a honra de colaborar.
PR - Este disco conta com a participação de Stereossauro, Valéria e Razat, entre
outros. Quer falar-nos um pouco destas participações?
Ricardo Gordo - São pessoas com quem me cruzei profissionalmente ao longo da minha vida e
fazia sentido incluí-los nestas "Conversas de Esquina".
PR - Há algum tema deste disco que o toque em particular? Porquê?
Ricardo Gordo - Não, gosto do álbum como um todo. Entendo-o como tendo um fio condutor,
uma linha que se despoleta num percurso repleto de histórias e emoções que vai
culminar num desfecho leve e tranquilo.
PR - No dia 18 de Setembro “Conversas de Esquina” é apresentado no CAE -
Centro de Artes e Espetáculos de Portalegre. O que é que o público pode
esperar deste concerto?
Ricardo Gordo - Será um espetáculo de música e vídeo onde as pessoas poderão sentir-se
envolvidas e fazer parte destas "Conversas de Esquina".
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