O Douro Rock marca o regresso dos festivais em 2021, depois do hiato de um ano devido à pandemia da COVID-19. Numa versão adaptada aos tempos, a Alameda dos Capitães (zona exterior do AUDIR – Auditório da Régua) recebe a 5.ª edição do Douro Rock, dias 11 e 12 de Setembro. Pelo palco Santa Casa vão passar os GNR, The Gift, Três Tristes Tigres, Samuel Úria, NEEV e Cassete Pirata. Miguel Candeias da organização do Douro Rock é hoje meu convidado em "Discurso Direto".
Portugal Rebelde - Do azul da margem do rio, o Douro Rock muda-se para uma zona verde no centro da cidade da Régua. A que se fica a dever este novo formato do Festival?
Miguel Candeias - É um ano excecional. São dois anos de pandemia e muito complicados para realizar qualquer tipo de evento. No ano passado não foi possível realizar o festival e este ano, havendo esta possibilidade, não queríamos perder a oportunidade de o fazer, com grande esforço da nossa parte. Mediante as restrições que temos e aquilo que temos que respeitar para que todos estejam em segurança é o formato ideal, lugares sentados e com todas as condições para dois dias de festas da música portuguesa e promoção do Douro.
PR - O que é que o público pode descobrir nos dias 11 e 12 de Setembro na Alameda dos Capitães (zona exterior do AUDIR – Auditório da Régua)?
Miguel Candeias - No primeiro dia de festival, 11 de Setembro, a noite encerra com The Gift que trazem a "Tour Verão" à Régua, onde vão revisitar os grandes momentos dos últimos 25 anos, com a ajuda de cenografia e iluminação pensados para o momento. Antes, o palco é de Samuel Úria e o seu mais recente álbum de originais, “Canções do Pós-Guerra”. Um disco confessional que tem o propósito de conduzir o público numa viagem à criatividade do músico e compositor. Os Cassete Pirata – de João Firmino, Margarida Campelo, Joana Espadinha, António Quintino e João Pinheiro – abrem o festival com o álbum de estreia, “A Montra”, e vão levantar o véu do novo trabalho, a sair brevemente.
Dia 12, comemoram-se os 40 anos de carreira dos GNR. A preparar um concerto especial, Rui Reininho, Jorge Romão e Tóli César Machado trazem de volta as canções de sempre e o rock ao Rio Douro. Quem também regressa aos palcos são os Três Tristes Tigres. Depois de um hiato de 22 anos, Ana Deus e Alexandre Soares editaram “Mínima Luz”, entre o experimentalismo e a pop menos óbvia. A noite abre com NEEV, o mais votado pelo público no Festival da Canção 2021 com o tema “Dancing in the Stars”. O músico e compositor vai apresentar o álbum de estreia “Philosotry”, produzido pelo reputado Larry Klein.
PR - Uma das apostas da edição 2021 do Douro Rock é a celebração dos 40 anos da banda portuense GNR. Há algumas “surpresas” preparadas pela banda para celebramos o “Rock In Rio Douro”?
Miguel Candeias - Vai ser uma grande festa dos 40 anos de uma das bandas mais marcantes da música portuguesa. Estamos ansiosos para ver e ouvir este concerto muito especial. Fomos os primeiros a fechar e a divulgar este concerto dos 40 anos e, havendo esta possibilidade, não queríamos deixar de realizar este concerto, que esperamos que traga belas surpresas.
PR - Para terminar, indica 3 boas razões para que ninguém deixe de marcar presença nesta edição do Douro Rock
Miguel Candeias - Em primeiro lugar apoiar a cultura! São dois anos terríveis. A cultura é, de facto, segura.
Depois a própria região. É nosso objetivo divulgar e promover esta região, Património da Unesco. Queremos que nos visitem e usufruam daquilo que melhor esta região tem para oferecer.
A terceira, a experiência de participar num festival com personalidade, bem definido e ver e ouvir o melhor da música portuguesa.
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