“Jonah, the Whale” é o EP de estreia de Fritz Kahn and The Miracles. Um disco composto por oito canções, talhadas ao longo dos últimos dois anos nos Estúdios Namouche e Atlântico Blue Estúdios, com a presença de alguns dos melhores músicos nacionais como é o caso do Tiago Machado ou Mário Delgado.
Como se pode adivinhar pelo nome, é uma referência histórica à lenda de Jonas e a Baleia. Jonas seguia num navio em alto mar, quando é acusado pela tripulação de ser a causa de uma fortíssima tempestade. Jonas aceita a culpa, e é atirado borda fora. Mas é quando se debatia já nas fortes vagas, prestes a morrer, que é engolido por uma baleia, no estômago da qual passa três dias e três noites, até ser expelido numa praia deserta.
Apesar da referência bíblica, o álbum procura apenas traduzir, através do conceito da Baleia e de Jonas, como a música é um veículo de salvação, emocional, espiritual e mesmo física. Simbolicamente falando, a Baleia representa também todo o mistério do fundo do mar, das profundezas espirituais, donde terá surgido a inspiração para este trabalho, depois de uma longa ausência do compositor.
A baleia representa também o regresso a casa, ao Entroncamento, depois de uma vida intensa em Lisboa, regresso esse feliz já que Fritz Kahn foi recebido como filho pródigo.
O álbum reflete as profundas mudanças na vida do compositor, estando distante na sonoridade das suas primeiras canções, sendo que a inocência dos primeiros temas foi substituída por um som mais maduro, melancólico e sentido, assumindo por vezes formas épicas graças às excelentes orquestrações de Tiago Machado.
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