Raquel Tavares regressa às edições com um novo longa-duração, após 8 anos do seu último disco. “Deles Por Mim (e à antiga)” está a partir de agora disponível em todas as plataformas.
“Deles Por Mim (e à antiga)” é um disco de fado. Não pretende ser mais que isso. Fados, na sua fórmula mais tradicional, acompanhados à guitarra portuguesa, viola e baixo, por músicos que fazem parte do percurso de Raquel Tavares, no fado, nos álbuns e na estrada.
Gravado em takes diretos, entenda-se músicos e voz em simultâneo, sem cortes ou retificações. Tem por isso a crueza e as imperfeições que este método acarreta, mas é o retorno a uma forma de gravação muito própria de como se fazia e editava fado em disco.
O repertório, esse talvez não seja o mais previsível, tendo em conta que se trata de uma mulher a cantar a poesia destinada aos homens. Poesia essa que relata, acima de tudo, o amor dos homens pelas mulheres, com tudo o que isso envolve: a paixão, o ciúme, o encantamento, a posse, o despeito e até a traição.
“A mulher no seu todo, foi sempre uma das maiores fontes de inspiração para quem escreve, com imagens poéticas que só à mulher caberiam e daí nasceram alguns dos maiores clássicos da história do fado com interpretações sublimes que me desafiavam. Mas que aqueles com quem me fiz fadista diziam: - Esse não podes cantar, porque é fado de homem. - mas eu só queria saborear os versos…
No momento em que decidi voltar a gravar um álbum, soube de caras que era isto que queria fazer, quase num atrevido «agora já posso»”, refere Raquel Tavares sobre o processo de inspiração e criação deste novo disco. “Deles por mim é tão somente uma imensa vontade de cantar, de voltar ao berço e à minha primeira identidade. Sem estigmas. Os fados deles, cantados por mim. Só isto”, remata a fadista.
No próximo dia 5 de dezembro, Raquel Tavares sobe a um dos palcos nacionais mais emblemáticos, o Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Neste concerto único, Raquel surge livre, renovada e fiel à sua verdade artística, reencontrando-se com o palco e com o público num momento raro de entrega.
Este promete ser um reencontro com a tradição, com a saudade e com a alma portuguesa, que Raquel carrega na voz e no peito. Um espetáculo que será, acima de tudo, um ato de liberdade – e um gesto de amor pela música que sempre a definiu. Os últimos bilhetes ainda estão à venda.
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