Lisboa volta a ser o ponto de partida de Gema, multi-instrumentista e produtor que, no
seu terceiro álbum, assina um conjunto de temas instrumentais que viajam entre o calor
da terra e a vastidão do espaço.
Os sintetizadores projetam o álbum para o futuro, enquanto as guitarras assumem o
papel de narradoras, tecendo a banda sonora de um universo paralelo que poderia existir
algures entre a Terra e uma galáxia distante.
Ao longo do disco, os ritmos transformam-se e respiram: das notas melancólicas de
“Magma” e “Jupiter”, ao abrigo luminoso de “Quartzo”, passando pelas batidas
tropicais de “Psicosamba” e “Origami”, que convidam quem ouvir a dançar e a perder-se nos riffs contagiantes.
Ainda há espaço para atravessar territórios mais agrestes, com “Alibi” e “Vice Versa”,
onde a guitarra de rock rasgado presta homenagem ao passado do músico, antes
de aterrar num bar de dança espacial com “Soma Nova” — uma das primeiras
composições de Gema, agora revisitada com novos arranjos e nova vida.
Este é um álbum onde o som se transforma em paisagem e cada faixa é um planeta a
descobrir — uma viagem instrumental que une nostalgia, experimentação e liberdade
criativa.

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