Chega hoje às livrarias a biografia "João Aguardela - Esta Vida de Marinheiro" (Quidnovi, 2011) da autoria do jornalista Ricardo Alexandre. O Portugal Rebelde esteve à conversa com o autor, que em "Discurso Direto" fala do enorme contributo que João Aguardela deu à Música Portuguesa.
Portugal Rebelde - “João Aguardela - Esta Vida de Marinheiro, foi o livro que mais te custou a escrever?
Ricardo Alexandre - Sem dúvida. É o livro que não devia existir. Fi-lo por três razões: porque prometi ao João que um dia escreveria a biografia dele, mas nunca pensei que fosse nestas circunstâncias; porque é a forma de dar a conhecer à geração mais nova e aos mais velhos que estiveram desatentos, a importância da obra de um músico marcante e muito importante na música feita em Portugal; finalmente, porque é a minha forma de ajudar à continuação dos prémios Megafone – Música para uma nova tradição, uma vez que doarei à associação que organiza os Prémios aquilo que possa vir a ganhar de direitos de autor.
PR - O que é podemos encontrar neste livro?
Ricardo Alexandre - Podemos encontrar a vida do João através dos testemunhos de quem com ele conviveu de mais perto, bem como aqueles que num ou noutro momento com ele se cruzaram. E, sobretudo, creio que o que ressalta mais deste livro, a forma como ele nos marcou, desde logo a mim, mas também a muitas outras pessoas.
PR - Para ti, qual terá sido o lado mais interessante e inovador da carreira de João Aguardela?
Ricardo Alexandre - Sem dúvida. É o livro que não devia existir. Fi-lo por três razões: porque prometi ao João que um dia escreveria a biografia dele, mas nunca pensei que fosse nestas circunstâncias; porque é a forma de dar a conhecer à geração mais nova e aos mais velhos que estiveram desatentos, a importância da obra de um músico marcante e muito importante na música feita em Portugal; finalmente, porque é a minha forma de ajudar à continuação dos prémios Megafone – Música para uma nova tradição, uma vez que doarei à associação que organiza os Prémios aquilo que possa vir a ganhar de direitos de autor.
PR - O que é podemos encontrar neste livro?
Ricardo Alexandre - Podemos encontrar a vida do João através dos testemunhos de quem com ele conviveu de mais perto, bem como aqueles que num ou noutro momento com ele se cruzaram. E, sobretudo, creio que o que ressalta mais deste livro, a forma como ele nos marcou, desde logo a mim, mas também a muitas outras pessoas.
PR - Para ti, qual terá sido o lado mais interessante e inovador da carreira de João Aguardela?
Ricardo Alexandre - Todos. O que fez quando os Sitiados apareceram no RRV e ele de acordeão a cantar o Soldado, fazendo a transição do que até ali tinha sido uma banda pop. A genialidade de muitas letras, sem dúvida. Megafone é, esteticamente, aquilo que é mais inovador, um projecto que concilia a contemporaneidade com um respeito profundo pela tradição, pela recuperação daquilo que é a identidade musical portuguesa e essa era uma preocupação do João desde sempre.
PR - "Dos cânticos de quem trabalha a terra às batidas que marcam o ritmo da vida contemporânea, das canções subterrâneas à festa na estrada, das raízes punk e rock à portugalidade do novo fado; a tudo João Aguardela soube emprestar dedicação, arrojo, inovação e, acima de tudo, um profundo respeito pela tradição.” Apesar do seu enorme contributo para a música portuguesa, a “obra” de João Aguardela continua pouco divulgada. Concordas?
Ricardo Alexandre - Não podia estar mais de acordo. Este livro é um pequeno contributo para inverter isso. Mas não chega. O pais é o que é.
PR - Sei que eras um amigo próximo de João Aguardela. Como era o João, para além da vida das canções?
Ricardo Alexandre - Um ser humano generoso, uma pessoa íntegra, determinada, um tipo com uma inteligência muito acima da média e com um sentido de humor muito próprio.
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