BCE - Brissos e os Conselheiros de Estrada é um projecto que pretende trazer de volta a sonoridade dos anos 70, envolta em influências actuais, o blues, o rock e o hip-hop dão as mãos à crítica social, à caricatura e à sátira, de forma dinâmica e divertida, num contexto conceptual que aborda os temas fraturantes da nossa sociedade e do País, totalmente interpretados em português. Os BCE são: Paulo Brissos (voz e guitarra); Hugo Ganhão (baixo); Gonçalo Santuns (bateria); Pedro Soares (guitarra e voz) e Diogo santos (teclados).
Portugal Rebelde - De que é que nos falam as canções deste “Depois do Fim do Mundo”?
Paulo Brissos - Neste disco são feitas algumas caricaturas da nossa sociedade enquanto pais e também de alguns personagens tipo da nossa sociedade. A nossa situação sócio-económica dos últimos anos também servem de inspiração em alguns dos textos. Em suma, é um projecto onde a sonoridade verdadeira e pura que conseguimos se mistura com a sátira e caricatura de uma forma divertida e enérgica.
PR - “O Blues, Rock e o Hip-Hop são as grandes influências musicais para o BCE?
PB - Este projecto tem como base o Blues/Rock mas consegue ter alguns temas influenciados pelo Hip/Hop mais próximo do Rock que também teve sua origem nos anos 80 com a fusão imposta pelos Aerosmith e os Run DMC. Pode-se encontrar também algumas influencias de Eric Clapton, Jimi Hendrix, Led Zepplin, ZZ-Top e John Mayer. Tentamos também trazer de volta a sonoridade do Blues/Rock cantado em Português que o Rui Veloso originalmente nos trouxe na década de oitenta e que a meu ver se foi perdendo.
PR - “Magenta” foi a canção escolhida para single de avanço deste disco. Este é o tema que melhor define o “espírito” deste “Depois do Fim do Mundo”?
PB - Não sei se é o que melhor define mas sem duvida tem o espirito bem vincado do mesmo. Temos temas que eventualmente também definem bem o álbum como o novo single "Tá um frio que não se pode". Tentámos que o álbum fosse coerente na sua mensagem e que tivesse um conceito. Penso que o objectivo foi conseguido não só através dos poemas mas também na sonoridade e na apresentação gráfica.
PR - Numa frase como caracterizaria este disco?
PB - Um disco conceptual, com uma mensagem forte, com uma sonoridade quente, e com boas canções.
PR - Depois da edição deste trabalho, a estrada será a grande “conselheira” para este projeto? Quer avançar desde já algumas datas?
PB - A estrada já vem sendo boa conselheira deste projecto e a prova foi a nossa apresentação no passado dia 26 de Março onde contámos com um publico já bem conhecedor de maior parte das canções. Já fazemos estrada com este projecto à algum tempo de maneira que os temas já estão bem amadurecidos para nós e para o público que nos acompanha. Esperamos no entanto ter mais datas em breve para continuar este caminho por mais algum tempo. Para já apenas posso revelar o dia 8 de Julho na Baixa da Banheira mas já temos outras datas a serem fechadas que carecem de aprovação para serem divulgadas.
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