Com temas de Alex Liberalli e Budda Guedes , chegou recentemente às lojas o álbum "Amor" do Trio Pagú. Este trabalho conta com as participações especiais dos músicos , Edú Miranda (Brasil), Mirri Lobo (Cabo Verde), e os portugueses Nico Guedes, Juan Pestana e Firmino Neiva. É com muito amor que recebemos hoje em "Discurso Direto" Alex Liberalli, a voz do Trio Pagú.
Portugal Rebelde - Intitulado “Amor”, este novo álbum é pensado no amor em todas as formas. O amor pela bossa nova é evidenciado neste disco?
Alex Liberalli - Sim , completamente, sou amante da bossa nova desde muito cedo, meus pais eram músicos e ensaiavam sempre em nossa casa. Me lembro de ser pequena e ver aqueles músicos todos em nossa sala , a percussão era presente e a bossa nova também, a forma harmoniosa que eles cantavam me deixava de “antena ligada”, sempre !
PR - Este disco conta com as participações especiais de Edú Miranda (Brasil), Mirri Lobo (Cabo Verde) e os portugueses Nico Guedes, Juan Pestana e Firmino Neiva. O triângulo Brasil, África e Portugal é a base deste trabalho?
Alex Liberalli - O nosso Trio é luso-brasileiro, conforme as músicas foram nascendo, a vontade de ter estes músicos tocando no disco foi clara em nossas mentes. O Edú Miranda é um amigo de longa data , um músico com extrema técnica musical e criativa, no tema “Funchal” ele nos mostra a sua versatilidade tocando dois instrumentos, o Bandolim e o Cavaquinho, de uma forma tão natural, fazendo com que estes fizessem parte do seu próprio corpo. Eu e o Budda conhecemos o Mirri Lobo no mês de Janeiro deste ano, quando fomo passar as férias em para Cabo-Verde. Por intermédio de uma amiga que dizia que nós tínhamos que conhecê-lo, nos deu seu contacto e acabamos por nos encontrarmos em seu restaurante para comer uma deliciosa “Cachupa” . O Mirri Lobo nos convidou para conhecer o seu novo estúdio o nos mostrou o seu trabalho. Ao ouvir sua voz ,eu e o Budda nos olhamos e pensamos que ele era perfeito para fazer um dueto no “Candura”. O Nico Guedes, toca nos temas “Minha Avenida”, “Você e Eu” “Distância” e “Na Mesa do Bar” , um baterista super versátil , pois neste momento ele é membro de duas bandas, uma de Blues e outra de Rock. Nico Guedes é irmão do Budda e meu cunhado foi o músico que fundou o Trio Pagú junto connosco, mas teve que abandonar o barco pelo caminho por escolha de outras marés. Tivemos que tê-lo neste 1.º Álbum de originais, era impensável não tê-lo. O Juan Pestana é um Venezuelano que conhecemos na Ilha da Madeira no mês de Maio deste ano. Eu e o Budda fomos para o Funchal para dar dois concertos em Duo, foi assim que o conhecemos por intermédio de um dos nossos grandes amigos madeirense que insistiu que tínhamos que nos conhecer. No nosso concerto chamamos o Juan para tocar um tema com a gente. Quando ele tocou Melódica nos arrepiamos e convidamos logo para entrar numa música do disco. Além de ser um pianista de mão cheia é uma pessoa sensível e maravilhosa. Juan Pestana toca acordeão em “Serei Breve”. O Firmino Neiva é um grande amigo nosso, é um músico português cheio de histórias de vida para contar, músico da velha guarda , ele entende de música como ninguém , suas mãos carregam a força de um som único e de respeito. Temos a sua colaboração no “Candura”. Sem pensar muito , acabamos por reunir estes músicos de nacionalidades distintas. E penso que o Amor pela música tomou conta disto tudo.
PR - Numa frase como caracterizarias este disco?
Alex Liberalli - Um disco simples, singelo e sentido, tal como o amor é!
PR - Já tiveram a oportunidade de apresentar as canções deste disco em palco. O público recebeu este disco com muito “Amor”?
Alex Liberalli - Sim , já tivemos a oportunidade de dar 5 concertos , e o público aderiu muito bem.
Eu acho que o sentido do “Amor “ passou para o público. No Fim dos concertos vinham pessoas a dizer-nos “ que coisa tão bonita!”
PR - Cheios de “Amor” para dar, assumem-se como uma banda despida de preconceitos musicais, respeitando o prazer de serem felizes. Este é o lema de “vida” do Trio Pagú?
Alex Liberalli - Completamente, nós fazemos música que sentimos, não fazemos música formatada para nada, apenas sentimos o prazer de compor e de tocar, e ficamos muito gratos quando vimos que o público percebe esta “nudez” e adere nesta viagem.
PR - Para terminar, qual é o tema que melhor caracteriza o “espírito” deste disco?
Alex Liberalli - Aí está uma resposta muito difícil de responder. Mas como tenho que escolher uma , eu escolho “O Presente”.
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