“Amor Vezes Quatro” é o novo EP dos Ermo, que neste registo apresentam 4 visões distintas do amor e dos seus contornos e heresias.
O que é o amor, senão uma afeição irreflectida? O novo EP da banda bracarense é assim uma consideração sobre o inconsiderável, a procura de uma definição para um sentimento sem equação. Oscila entre o cérebro e o coração.
Pensa o amor, não com o cuidado de quem pensa, mas de quem ama. Não com o rigor de quem o pratica porque o quer fazer, mas com a crueza de cair em tentação. É assim, também ele, uma afeição irreflectida, cujo juízo é deixado ao critério de quem o ouvir.
Depois da noção de amor como doença, do seu conceito romântico e do autocrático, surge a sua deturpação, a definição de algo através do seu negativo. São quatro faixas que espelham este sentimento em todas as suas medidas: enquanto impulso sórdido, desassossego existencial, benquerença desmedida.
Na alvorada de um segundo longa-duração, os Ermo deixam um parêntesis digno de nota. “Amor Vezes Quatro” é a marca de uma maturação musical e, simultaneamente, um disco conceptual que se abre e fecha sobre si mesmo.
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