03/12/2018

FLAK | Discurso Direto


Flak é um músico e produtor que fundou bandas como Rádio Macau e Micro Audio Waves e que conta com uma carreira de mais de 35 anos. Está de volta com um novo disco a solo chamado "Cidade Fantástica" - o último disco a ser gravado no agora extinto Estúdio do Olival onde ao longo de 30 anos Flak gravou e produziu largas dezenas de discos, entre eles de Rádio Macau, Jorge Palma (incluindo o disco de platina "Voo Noturno"), Entre Aspas, GNR, Micro Audio Waves (incluindo “No Waves”, considerado um dos discos mais excitantes do ano pelo lendário John Peel da BBC Radio One), entre muitos outros.

Portugal Rebelde - “Cidade Fantástica”, é este o título escolhido para o seu regresso às edições discográficas. Lisboa, continua a ser o “cenário” ideal para as suas canções?

Flak - É a cidade onde eu vivo. De resto poderia compor em qualquer sítio. Na verdade para mim o planeta azul é uma pequena cidade fantástica no vasto universo. Gostaria de fazer um disco em Marte. Quando vejo esta onda que está a assolar o planeta de proteccionismo e isolamento chego à conclusão que as diferenças entre o ser humano e as espécies que consideramos inferiores é mais ténue do que pensamos. Temo-nos em grande conta como espécie mas o nosso capacidade de raciocínio em sociedade é muito limitada.

PR - A produção deste disco esteve entregue a Benjamim. Como é que se deu este encontro?

Flak - Por amigos comuns. Depois de trocarmos ideias chegamos à conclusão de que a nossa forma de pensar a música era muito compatível. Entretanto também ficamos amigos que é o mais importante.

PR - Qual é o tema que melhor caracteriza o “espírito” deste disco?

No outro dia vi uma entrevista do José Mário Branco que é alguém que eu tenho em grande conta que dizia que tinha muita dificuldade em fazer um disco neste momento porque não percebia o mundo atual. Eu já deixei de tentar perceber. Acho que isso se reflecte neste disco.

PR - Numa frase como caracterizaria o álbum “Cidade Fantástica”?

Flak - Uma viagem num universo paralelo.

PR - Para terminar, que memórias guarda de 35 anos de canções?

Flak - Muitas e dispersas. Qualquer dia vou-me dar ao trabalho de juntar as peças soltas.




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