31/10/2019

ANA VENTURA | Discurso Direto

























No dia em que chega às livrarias a autobiografia dos Xutos & Pontapés, "À minha Maneira - Vol.1 1979/1999", é minha convidada em "Discurso Direto" Ana Ventura, a jornalista que escreveu esta obra.


Portugal Rebelde - "À Minha Maneira, 1979 -1999", a autobiografia dos Xutos & Pontapés resulta de um desafio laçado pelo guitarrista Zé Pedro há 11 anos. A que se fica a dever esta “longa espera”?

Ana Ventura - O desafio não foi tomado de ânimo leve e a maior tarefa passou por compreender como é que se podia contar, de forma ímpar, uma história que é tão familiar a todos. Entre pesquisa, vida, entrevistas, discos, altos e baixos, a espera pode ter sido longa mas, seguramente, valeu a pena.

PR - “Tocar musicas a abrir” foi sempre o sonho dos Xutos & Pontapés?

Ana Ventura - O grande sonho dos Xutos era fazer música: fosse ela qual fosse. Passar para canções as emoções que os guiavam, que os impeliam a narrar a sua história mas também tudo aquilo que observavam. As canções dos Xutos são, sempre, a abrir, porque estão plenas dessa emoção.

PR - Na contracapa deste livro podemos ler uma citação de Zé Pedro: "Não nos sentíamos símbolo nenhum, nem marginais nem rebeldes. Isso não se sente - ou se é ou não é". É esta autenticidade que fizeram dos Xutos & Pontapés a maior banda portuguesa de todos os tempos?

Ana Ventura - O Zé Pedro costumava citar o Keith Richards dizendo que se se soubesse qual é o segredo para a longevidade de uma banda, duravam todas tanto quanto os Rolling Stones. Estar numa banda é muito semelhante a fazer parte de uma família – e são esses laços familiares que explicam uma boa parte da história dos Xutos. Muito mais do que músicos, eles são verdadeiros irmãos.

PR - Ao longo das conversas que manteve com a banda, há alguma “história” que lhe ficou na memória e queira partilhar ?

Ana Ventura - O mais curioso em todo o processo de concretização de À Minha Maneira foi descobrir como uma só lembrança pode ter tantas observações diferentes. Essa é a grande aventura destes livros.

PR - Esta autobiografia está divida em dois volumes. Que histórias serão desvendadas no próximo volume?

Ana Ventura - Se respondesse, perdia toda a piada, certo? Uma coisa posso garantir – vai continuar a valer a pena.

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