17/04/2020

BIRDS ARE INDIE | Discurso Direto


10 anos é muito tempo, principalmente para uma banda que começou sem (se) dar conta. E esta é uma celebração que não pode ser adiada, seja qual for o grau de confinamento. No meio das incertezas e tristezas criadas pela pandemia, os Birds Are Indie e a Lux Records propõem que alguma normalidade e alegria se mantenham no nosso quotidiano. Para isso, nada melhor do que a música de um novo disco. Os Birds Are Indie assinalam hoje este aniversário redondo com o lançamento de Migrations - The travel diaries #1. Este será o primeiro de dois volumes distintos, o #1 em CD e o #2 em vinyl (a ser editado em 2021). Ricardo Jerónimo, Joana Corker e Henrique Toscano, são hoje meus convidados em "Discurso Direto".

Portugal Rebelde - No ano em que celebram 10 anos, “Migrations – The Travel Diaries #1” marca o inicio de mais uma viagem para os Birds Are Indie ?

Birds Are Indie - Sim, claro. Cada novo álbum é uma nova viagem para nós. Ou, por outro lado, é só mais um novo atestar do depósito para continuar esta viagem que não pára, desde há 10 anos.

PR - Neste disco está muito presente a ideia de regresso. Depois de diversas viagens, umas físicas e outras sonoras, a banda sente-se confortável neste “regresso”?

Birds Are Indie - Bom, se não nos sentíssemos confortáveis, não voltaríamos aos sons que revisitamos agora. São viagens em que o físico e o sonoro são indissociáveis. E viagens que já são parte de nós, enquanto banda.

PR - “Migrations – The Travel Diaries #1” contará com duas edições distintas, uma em CD e outra em vinyl. Ambos os formatos contarão com a revisita de 5 canções da sua discografia anterior, reinterpretadas e regravadas, no estúdio Blue House, em Coimbra. Foi difícil a escolha dos temas a revisitar em 2020?

Birds Are Indie - São os que tínhamos mais vontade de regravar, foram os que mais “mudaram” na forma como agora os tocamos ao vivo e, também, queríamos gravar pelo menos um tema de cada um dos discos anteriores que estão esgotados. São os que faziam mais sentido.

PR - Qual é o tema que melhor caracteriza o “espírito” deste disco?

Birds Are Indie - Pelo título, “The senior dancer”. Já não caminhamos para novos e fazemos 10 anos de banda.

PR - Lançar um disco neste tempo que todos nós enfrentamos, é um (novo) desafio para a banda?

Birds Are Indie - É um desafio para todos, da banda em si até aos agentes culturais que programam as salas. Todos os envolvidos neste quadro cultural, onde vemos a música ao vivo “em suspenso”, estão a tentar adaptar-se ao momento. Se há coisa para a qual fazemos novos álbuns é para os podermos tocar ao vivo. Andamos a procurar saídas para fazer chegar este novo álbum ao público, sem o contacto directo com o mesmo, sem o apresentarmos ao vivo, para já.

PR - Que memórias guardam de 10 anos de canções?

Birds Are Indie - Muitos palcos. Muitas viagens. Muita gente fantástica que de outra forma jamais conheceríamos. Muita paciência para nos aturarmos, aos três, em ensaios, em tour, no sentido em que estamos constantemente a pôr à prova a nossa amizade que já conta com mais de 20 anos.




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