"Influenciado pelos sons da noite e pelo Verão, peguei no meu velho sintetizador, numa caixa de ritmos e num gravador de 4 pistas em cassete para esboçar as primeiras versões destas canções, completamente livres de guitarras e de ideias pré-concebidas sobre o formato de canção. “Vias de Extinção”, tal como o single homónimo demonstra, também é um regresso à minha essência enquanto músico e ao instrumento da minha formação, baseando-me no piano e restantes instrumentos de teclas para compor canções que viajam por outros universos harmónicos e novos registos de voz.
É um disco de profunda descoberta interior e o fechar de um ciclo que acaba por coincidir com a própria peste que nos confinou. Das versões em cassete para o estúdio, as canções passaram pelo crivo da minha fiel banda, que neste disco teve um papel absolutamente decisivo. Testámos alguns dos temas ao vivo para conseguir colar o lado orgânico com a essência mais electrónica das caixas de ritmo e sintetizadores. João Correia e Nuno Lucas, a secção rítmica inabalável que também toca com Jorge Palma, Bruno Pernadas, Tape Junk, entre muitos outros, António Vasconcelos Dias, um pilar importante na produção do disco e nos coros e Vera Vera-Cruz nos coros.
Para além da banda que me costuma acompanhar ao vivo, tive a honra de contar com o clã Campelo, liderado pela lendária cantora Isabel Campelo (uma das vozes mais versáteis e icónicas da música e televisão portuguesa dos últimos 30 anos) e as filhas Joana Campelo (Real Combo Lisbonense) e Margarida Campelo (Bruno Pernadas, Cassete Pirata, Real Combo Lisbonense) e ainda Manuel Pinheiro (Diabo na Cruz) nas congas e percussões." (Benjamim)
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