10/09/2020

GRUTERA | Discurso Direto


"Aconteceu" é o 4º disco de originais de Gruteta é editado amanhã pela Planalto Records com design de Ana Gil e foi composto ao longo de 5 anos depois de ter sido editado "Sur Lie". Este é um disco feito durante um longo hiato longe dos concertos, fazendo com que toda a atenção do músico tenha caído sobre a composição. As primeiras composições para o disco aconteceram numa espécie de residência que Grutera fez em Braga com Tiago e Diogo Simão no final de 2017 onde, inicialmente, a ideia era ter mais instrumentos, mas acabaram por sentir que as músicas pediam para deixar todos os temas mais livres de interpretação. Grutera procurou explorar um som mais denso, mais cheio e corpulento, recorrendo por isso pela primeira vez a uma guitarra semiacústica eletrificada e à utilização de pedais de loops e efeitos. Foi captado e masterizado por Tiago e Diogo Simão, dois amigos que gravaram os anteriores 3 discos. Desta vez o disco foi gravado em casa dos pais de Grutera, numa pequena adega, o que ajudou bastante não só na sonoridade como também na inspiração, tendo sempre o conforto de uma casa onde, apesar de já não viver, sabe sempre bem regressar. Hoje em "Discurso Direto" é meu convidado Grutera.
 
Portugal Rebelde - Ao longo dos últimos 5 anos estiveste afastado dos palco e da indústria da música. O que aconteceu?
 
Grutera - Tinha de escolher entre compor ou tocar ao vivo, ao mesmo tempo que tenho a minha carreira profissional, dita normal. Optei por compor e deixar de tocar ao vivo, porque estava a ser muito difícil conciliar tudo. 

PR - “Aconteceu” é um disco de catarse? 

Grutera - Penso que como todos os discos ou formas de arte, pretendem de alguma forma ser um processo de catarse, para mim fazer música sempre foi. 

PR - Neste disco recorres pela primeira vez a uma guitarra semiacústica eletrificada e à utilização de pedais de loops e efeitos. Procuras desta forma um som mais denso? 

Grutera - Sim, procuro fazer experiências e procurar sonoridades novas, assim como sensações que nunca tinha tido a tocar. 

PR - “Fica entre nós” foi o single de avanço deste no trabalho. De que é que nos fala este tema? 

Grutera - É sobre localismo positivo, quando protegemos o que é nosso, as nossas tradições e os nossos costumes e não nos deixamos vender por tuta e meia seja ao turismo ou ao que for.

     
PR - Lançar um disco neste tempo que todos nós enfrentamos, é também um novo desafio que enfrentas?

Grutera - Sim, há menos oportunidades para o poder tocar ao vivo, isso torna a coisa mais impessoal e parte da diversão de promover um disco também se perde. Mas vamos fazendo o que conseguimos e acho que as coisas vão voltar à normalidade. 

 PR - Onde é que te poderemos ver e ouvir nos próximos tempos? 

Grutera - Ainda este mês toco dia 11 em Guimarães e dia 25 na Casa da Cultura de Setúbal. Quando ao resto, ainda não se pode divulgar.

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