07/03/2021

SWEET PSYCHEDELICS | Discurso Direto


Uma constelação de artistas de diferentes talentos, lugares e gerações juntos num único projeto. Assim são os Sweet Psychedelics, banda internacional formada por Robertinho Brant (violão, produção musical e músicas), Marcelo Sarkis (voz, vocal e letras), Rike Frainer (bateria e percussão), Thiakov (baixo, guitarra, órgão, vocal e coprodução musical) e Eugénia Melo e Castro como nunca a ouvimos antes. Se os dois primeiros elementos nasceram e residem em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, já o terceiro, natural de Santa Catarina, mora no Rio de Janeiro. Por sua vez, os dois últimos, o mineiro Thiakov e a portuguesa Eugénia, vivem em Lisboa. Partindo de países e carreiras paralelas, os cinco músicos e amigos, durante alguns anos, foram-se reunindo no Estúdio Verde, de Robertinho Brant, em Belo Horizonte, para compor e experimentar. Deste encontro de ideias, bagagens e inspirações, nasce o álbum de estreia, homónimo, um impressionante conjunto de 14 faixas. Hoje em "Discurso Direto" são meus convidados os Sweet Psychedelics.

Portugal Rebelde - Antes de mais, como é que esta constelação de artistas de diferentes talentos, lugares e gerações se juntam neste projeto? 
 
Sweet Psychedelics - Primeiramente eu conheci o Marcelo Sarkis, que me foi apresentado por Leo Minax, um grande compositor mineiro, que mora em Madri. Em 2005 compus com o Marcelo a primeira música do Sweet, que foi Daily Peace. Tinha outras melodias já feitas e fui mostrando pra ele. Minha mulher estava estudando nos EUA na época e eu ainda não tinha filhos. Começamos a nos encontrar 2 vezes por semana e daí saíram metade das músicas que gravamos no nosso primeiro álbum. Vários anos depois, eu fui convidado pra ser o diretor musical de um show que a Eugénia Melo e Castro iria fazer no Grande Teatro do Palácio das Artes. Desse show, acabei produzindo e arranjado um disco dela, com músicas do Clube da Esquina. Foi assim que conheci a Eugénia. Acabei mostrando algumas dessas músicas que tinha feito com o Marcelo pra ela. E ela adorou! Acabei por ficar motivado a compor outras novas canções com o Marcelo a partir daí. Depois de umas 4 novas ficarem prontas, eu, Geninha e Marcelo ficamos a cantá-las d parar, no quintal do meu estúdio em Belo Horizonte, sem ainda ter a menor ideia do que iríamos fazer com aquilo. Acabamos por resolver montar uma banda. As músicas eram tāo sedutoras que acabaram nos convencendo a tomar essa decisão. Com o Marcelo Sarkis fazenda as letras e os vocais, eu as músicas e o violão e a Geninha sendo a voz principal. Eu fiquei incumbido de achar um baixista e um baterista pra completar a formação. Geninha foi ficando em Belo Horizonte e a ideia foi evoluindo. Depois de muito meditar, escolhi o Thiakov pro baixo e o Rike Frainer pra bateria. Estava formado o Sweet Psychedelics. 

PR - É verdade, que o estilo da banda não se define pelo género mas sim pela procura de uma estética e conceito próprios? 

Sweet Psychedelics - Prezamos muito essa busca de um conceito e de uma estética própria. É uma característica da música feita em Minas Gerais. A busca incessante peja identidade. 

PR - Qual é o “roteiro” musical desta viagem? 

Sweet Psychedelics - É um roteiro tranquilo e suave. Mas muitas vezes intenso e psicodélico. Depende muito do passageiro se deixar levar. 

PR - Qual é o tema que melhor caracteriza o “espírito” deste disco?

Sweet Psychedelics - São vários temas que permeiam o disco. Não há um só. 

PR - Em tempo de pandemia, como é que pensam aproximar as canções do público? 

Sweet Psychedelics - Através das plataformas digitais e das redes sociais. Já conseguimos fazer um primeiro videoclipe do álbum também. E estamos trabalhando em cima do segundo, que será todo em animação. Estamos nos acostumando a fazer as coisas á distância. A pandemia nos ensinou isso. E a tecnologia ajuda muito. Contudo, até no meio do ano, esperamos já ter lançado o CD e o vinil. E se tudo tiver corrido bem em termos de vacinação, esperamos e desejamos mais que tudo, nos apresentar ao vivo. Mas por enquanto, vamos ter paciência e esperar a hora certa das coisas.

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