15/03/2022

BLUEBAGBANG | Discurso Direto


Foto: Gabrielle Angelim

Bluebagbang, projeto baseado na capital paulista e liderado por Marina Hungria, natural de Itapetininga (SP), acaba de disponibilizar o EP O Que Vale a Pena. Sucessor de "Manifesto dos Ventos Delirantes" (2021), o novo trabalho traz cinco faixas, desta vez todas cantadas em português. Marina Hungria desvenda em "Discurso Direto" as 5 canções deste disco no "faixa a faixa". 

Corpo na Rua 

Corpo na Rua foram palavras escritas por um usuário na plataforma Twitter e serviu como inspiração para a criação da canção: "Pensei em como será o momento da celebração do fim da pandemia: haverá um grande carnaval fora de época? Será registado nos livros de história como a fotografia do beijo pós-guerra de 1945?”. 

Cecília 

Inspirada em arranjos “a lá” Rodrigo Amarante, Cecília traz os acordes do indie folk para homenagear a minha tia, que faleceu em 2020 por um linfoma, e uma ascite que necessitava desaguar para seguir com o tratamento. Compus pensando nesse desaguar enquanto passagem da vida. 

Mariana e o Receio de Acordar 

A inspiração para compor Mariana e o Receio de Acordar foi encontrada num livro do escritor Uruguaio, Eduardo Galeano, "Dias e Mortes de Amor e de Guerra". A frase “Na varanda, Mariana empurra a parede, que é para ajudar a terra a girar'', foi o gatilho para o nascimento tanto do conceito quanto da letra da música, acompanhada de conversas existenciais com a minha amiga e escritora, Mariana Rossi. 

O Que Vale a Pena 

O Que Vale a Pena é o destaque no lançamento do EP e convida o ouvinte a embarcar na reflexão sobre os percalços enfrentados diante da pandemia da COVID-19, e disserta sobre o movimento natural que levou muitas pessoas a encararem a finitude e se permitirem vivenciar mais o presente ao lado de pessoas amadas. É a música que dá título ao EP, embalada em arranjos referenciados em canções de Marisa Monte. 

Saturno 

Conduzida por uma atmosfera que remete a intensidade na mudança de ciclos, a canção Saturno encerra o EP, e é a única do repertório que utiliza sintetizador de tuba. Nessa música, comparo um pouco o que era minha vida antes da pandemia, na composição da letra que diz: era tão simples caminhar / vento soprava e eu seguia a direção / sem saber navegar, apenas fluir / como achar um ponto para partir / outro para chegar.

1 comentário:

mari disse...

Muito obrigada pelo espaço!

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