Eis que chega até nós o segundo álbum de Ruben Portinha. Chama-se “Tinha de Arriscar” e tem doze temas, todos assinados pelo músico. Escritas em português, as doze canções derivam entre a pop, o rock e o funk, com um aceno ao jazz. Falam de nós, do nosso mundo, do nosso tempo, das nossas forças, das nossas imperfeições… e claro, daquele que não poderia faltar: o amor. Hoje em "Discurso Rireto" é meu convidado Ruben Portinha.
Portugal Rebelde - Três anos depois do álbum “Realidade”, chega-nos “Tinha de Arriscar”. Sente que investiu mais neste novo trabalho?
Ruben Portinha - Claramente. Aliás, o próprio título do álbum espelha isso mesmo. Este arriscar tem a ver essencialmente com um investimento maior, desde a escolha do estúdio à promoção do trabalho, mas antes de tudo na exigência que coloquei a mim próprio, no querer fazer melhor. Foi um álbum que me levou a fazer grandes esforços, mas sinceramente acho que o risco valeu a pena. Quanto ao resto, o tempo o dirá...
PR - De que é que nos falam as canções deste disco?
Ruben Portinha - De nós. Algumas são autobiográficas, mas acho que se podem encaixar na vida de muita gente. Falam das nossas virtudes, dos nossos defeitos, dos riscos, das vitórias, das forças, das fraquezas... E os próprios ambientes musicais de cada tema acabam por complementar a intenção das palavras e das sensações que procuro transmitir.
PR - Qual é o tema que melhor caracteriza o “espirito” deste álbum?
Ruben Portinha - "Fiel a mim". Embora seja talvez o que esteticamente mais se distancia dos outros, é um autêntico manifesto de quem sou e por onde quero ir.
Fala de enfrentar as dificuldades olhos nos olhos, ultrapassar os obstáculos e sobretudo de sabermos bem onde queremos chegar e de nos mantermos íntegros ao longo do caminho. E nada como a pureza e a força do rock para passar a mensagem.
PR - Numa frase como caracterizaria este disco?
Ruben Portinha - Mais um passo em frente num trajeto longo e difícil.
PR - Depois da edição deste disco, há intenções de levar as canções aos palcos?
Ruben Portinha - Há, sim. Vamos apresentar o álbum ao vivo (e pela primeira vez com público à nossa frente) no dia 14 de Novembro, às 21.30h, no Auditório Municipal de Pinhal Novo, e estamos a trabalhar para que, entretanto, surjam mais datas. Costumo dizer que no palco podemos prolongar os discos e até reinventá-los. Gosto do trabalho de estúdio, mas é no palco que sinto a verdadeira magia da música.
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